VIMIEIRO
Enquadramento geográfico
O Vimieiro é uma terra aprazível rodeada de densa vegetação que fica entre o perfil altivo da Serra da Estrela e do relevo volumoso da Serra do Caramulo. Santa Comba Dão fica-nos perante os olhos, altaneira e bela, lá no alto, descendo em socalcos verdejantes até ao rio que lhe deu o nome.
Composição da freguesia do Vimieiro
Fazem parte desta freguesia as seguintes localidades: Vimieiro, Rojão Grande, Anta, Lameiras de Anta, Quinta do Seixal, Vale Vilão e vale Mimoso.
O desenvolvimento do vimieiro ao longo dos tempos
Há referências muito antigas a esta freguesia, situada na margem esquerda do rio Dão, próxima da sede do concelho. É uma povoação da época romana, isto porque foram encontrados vestígios de uma calçada romana, hoje já parcialmente desaparecida.
O nome Vimieiro terá derivado dos vimes existentes ao longo do rio e dos ribeiros.
No século X esta terra pertenceu ao Conde D. Oveco Garcia que mais tarde a legou ao Convento de Lorvão.
No ano de 1527, estão registados no Cadastro da Beira 14 moradores no Vimieiro e 18 no Rojão Grande.
A 20 de Setembro de 1810 passaram, nesta localidade as tropas Napoleónicas, comandadas por Massena, rumo ao Buçaco e à sua última derrota. Como marco perpétuo ficou-nos a Memória. Em Agosto de 1882 é inaugurado o caminho-de-ferro da Beira Alta. Com ele, nasce o Bairro da Estação de casinhas brancas e de pedra cinzelada pelos pedreiros do Rojão Grande. E vem o progresso: - as fábricas, as lojas, as pensões, o mais diverso comércio. Foi nesta estação que em 1886 a noiva de D. Carlos, a futura rainha D. Amélia de Orleães, despiu as vestes francesas e vestiu o fato Português, como era tradição.
No dia 28 de Abril de 1889 nascia nesta terra uma criança que governaria o país durante quase cinquenta anos - Dr. António de Oliveira Salazar.
Festas e Romarias
No primeiro Domingo de Maio celebram-se as centenárias festas em honra de Santa Cruz. A Santa Cruz é a padroeira da freguesia do Vimieiro.
“Logo de manhã, antes de principiar a festividade, veem as cruzes das freguesias limitophes – Óvoa, Pinheiro D´Ázere, S. João de Areias e Couto do Mosteiro – Todas em procissão e muito bem ornadas e enfeitadas.
A que chega em último lugar e que se apresenta sempre com mais pompa riqueza é a da freguesia do Couto do Mosteiro, da qual esta freguesia do Vimieiro até 1839 foi anexa.
Passa por Santa Comba Dão processionalmente sem o parocho de Santa Comba do Couto do Mosteiro tirar a estola e, quando se aproxima da matriz do Vimieiro, vae o parocho d’esta freguesia ao encontro d’ella.
Também processionalmente, com a irmandade e a cruz do Vimieiro, muito povo, foguetes e música, - e em determinado sítio fazem a cerimónia do encontro (…) e continua a procissão, indo na frente a cruz do Couto, até à matriz, onde dão três voltas, como todas as outras cruzes, ao som da música. (…)”.
Em Agosto, no fim-de-semana seguinte ao dia 24, realiza-se a festa em honra de São Bartolomeu.
A 28 de Outubro realiza-se, na localidade de Rojão Grande, a festa em honra de São Simão.
Património Cultural
Vestígios de uma calçada romana;
Cruzeiro (local onde decorre o encontro das cruzes, aquando das Festas de Santa Cruz);
Igreja Matriz;
Ponte velha sobre o rio Dão;
Ponte de cantaria talvez de origem romana, foi parcialmente destruída aquando das Invasões Francesas por Massena, em 20-09-1810. Foi reconstruida em 1825.
Memória;
Na Memória consta a seguinte inscrição:
"Foi esta ponte cortada em 20 de Setembro de 1810 pela invasão do Exército Frânces commandado por Massena. Foram reedificadas as suas ruínas e de novo feitas estas cortinas dos lados e a estrada e a calçada da parte sul mediante paternal desvelo do excelso Imperador e Rei o senhor D. João VI em 1825 e gastarão-se 3.898$05. Ano DOMINI/MDCCCXXV"
Chafarizes em pedra;
Capela do Senhor da Agonia (Vimieiro);
Capela de São Bartolomeu (Vimieiro);
Capela de São Simão (Rojão Grande).
(…)
Associações da Freguesia:
Grupo de Jovens Amanhecer (ainda em fase de legalização);
Centro Cultural Recreativo e Desportivo do Vimieiro;
Rua Dr. António Perestrelo Botelheiro nº6
Vimieiro
3440-613 Santa Comba Dão
Centro Cultural Desportivo e Recreativo do Rojão Grande.
Avenida da Liberdade nº1
Rojão Grande
3440-607 Vimieiro - SCD
Gastronomia
Não podemos falar de gastronomia, da região, sem que nos venham à memória os seguinte pratos: cozido à portuguesa, arroz de cabidela, torresmos, chanfana, e as papas de nabo com sardinha assada. No que diz respeito aos doces, deve destacar-se o arroz doce, o leite-creme e o pão-de-ló.
Figuras Ilustres
Dr. António de Oliveira Salazar – Nasceu no Vimieiro a 28 de Abril de 1889. Foi o político que mais tempo exerceu o poder em Portugal. Exerceu o cargo de Presidente do Conselho, o equivalente na actualidade a Primeiro-Ministro.
Ocupou a pasta das Finanças, tendo publicado uma reforma orçamental que viria a registar saldo positivo, o que não se registava há praticamente um século.
Em 1968, sofreu um acidente, que acabou por ditar o seu afastamento do poder. Faleceu em Lisboa a 27 de Julho de 1970, tendo sido sepultado no cemitério do Vimieiro.
Futuramente a sua casa dará lugar ao Museu do Estado Novo.
Enquadramento geográfico
O Vimieiro é uma terra aprazível rodeada de densa vegetação que fica entre o perfil altivo da Serra da Estrela e do relevo volumoso da Serra do Caramulo. Santa Comba Dão fica-nos perante os olhos, altaneira e bela, lá no alto, descendo em socalcos verdejantes até ao rio que lhe deu o nome.
Composição da freguesia do Vimieiro
Fazem parte desta freguesia as seguintes localidades: Vimieiro, Rojão Grande, Anta, Lameiras de Anta, Quinta do Seixal, Vale Vilão e vale Mimoso.
O desenvolvimento do vimieiro ao longo dos tempos
Há referências muito antigas a esta freguesia, situada na margem esquerda do rio Dão, próxima da sede do concelho. É uma povoação da época romana, isto porque foram encontrados vestígios de uma calçada romana, hoje já parcialmente desaparecida.
O nome Vimieiro terá derivado dos vimes existentes ao longo do rio e dos ribeiros.
No século X esta terra pertenceu ao Conde D. Oveco Garcia que mais tarde a legou ao Convento de Lorvão.
No ano de 1527, estão registados no Cadastro da Beira 14 moradores no Vimieiro e 18 no Rojão Grande.
A 20 de Setembro de 1810 passaram, nesta localidade as tropas Napoleónicas, comandadas por Massena, rumo ao Buçaco e à sua última derrota. Como marco perpétuo ficou-nos a Memória. Em Agosto de 1882 é inaugurado o caminho-de-ferro da Beira Alta. Com ele, nasce o Bairro da Estação de casinhas brancas e de pedra cinzelada pelos pedreiros do Rojão Grande. E vem o progresso: - as fábricas, as lojas, as pensões, o mais diverso comércio. Foi nesta estação que em 1886 a noiva de D. Carlos, a futura rainha D. Amélia de Orleães, despiu as vestes francesas e vestiu o fato Português, como era tradição.
No dia 28 de Abril de 1889 nascia nesta terra uma criança que governaria o país durante quase cinquenta anos - Dr. António de Oliveira Salazar.
Festas e Romarias
No primeiro Domingo de Maio celebram-se as centenárias festas em honra de Santa Cruz. A Santa Cruz é a padroeira da freguesia do Vimieiro.
“Logo de manhã, antes de principiar a festividade, veem as cruzes das freguesias limitophes – Óvoa, Pinheiro D´Ázere, S. João de Areias e Couto do Mosteiro – Todas em procissão e muito bem ornadas e enfeitadas.
A que chega em último lugar e que se apresenta sempre com mais pompa riqueza é a da freguesia do Couto do Mosteiro, da qual esta freguesia do Vimieiro até 1839 foi anexa.
Passa por Santa Comba Dão processionalmente sem o parocho de Santa Comba do Couto do Mosteiro tirar a estola e, quando se aproxima da matriz do Vimieiro, vae o parocho d’esta freguesia ao encontro d’ella.
Também processionalmente, com a irmandade e a cruz do Vimieiro, muito povo, foguetes e música, - e em determinado sítio fazem a cerimónia do encontro (…) e continua a procissão, indo na frente a cruz do Couto, até à matriz, onde dão três voltas, como todas as outras cruzes, ao som da música. (…)”.
Em Agosto, no fim-de-semana seguinte ao dia 24, realiza-se a festa em honra de São Bartolomeu.
A 28 de Outubro realiza-se, na localidade de Rojão Grande, a festa em honra de São Simão.
Património Cultural
Vestígios de uma calçada romana;
Cruzeiro (local onde decorre o encontro das cruzes, aquando das Festas de Santa Cruz);
Igreja Matriz;
Ponte velha sobre o rio Dão;
Ponte de cantaria talvez de origem romana, foi parcialmente destruída aquando das Invasões Francesas por Massena, em 20-09-1810. Foi reconstruida em 1825.
Memória;
Na Memória consta a seguinte inscrição:
"Foi esta ponte cortada em 20 de Setembro de 1810 pela invasão do Exército Frânces commandado por Massena. Foram reedificadas as suas ruínas e de novo feitas estas cortinas dos lados e a estrada e a calçada da parte sul mediante paternal desvelo do excelso Imperador e Rei o senhor D. João VI em 1825 e gastarão-se 3.898$05. Ano DOMINI/MDCCCXXV"
Chafarizes em pedra;
Capela do Senhor da Agonia (Vimieiro);
Capela de São Bartolomeu (Vimieiro);
Capela de São Simão (Rojão Grande).
(…)
Associações da Freguesia:
Grupo de Jovens Amanhecer (ainda em fase de legalização);
Centro Cultural Recreativo e Desportivo do Vimieiro;
Rua Dr. António Perestrelo Botelheiro nº6
Vimieiro
3440-613 Santa Comba Dão
Centro Cultural Desportivo e Recreativo do Rojão Grande.
Avenida da Liberdade nº1
Rojão Grande
3440-607 Vimieiro - SCD
Gastronomia
Não podemos falar de gastronomia, da região, sem que nos venham à memória os seguinte pratos: cozido à portuguesa, arroz de cabidela, torresmos, chanfana, e as papas de nabo com sardinha assada. No que diz respeito aos doces, deve destacar-se o arroz doce, o leite-creme e o pão-de-ló.
Figuras Ilustres
Dr. António de Oliveira Salazar – Nasceu no Vimieiro a 28 de Abril de 1889. Foi o político que mais tempo exerceu o poder em Portugal. Exerceu o cargo de Presidente do Conselho, o equivalente na actualidade a Primeiro-Ministro.
Ocupou a pasta das Finanças, tendo publicado uma reforma orçamental que viria a registar saldo positivo, o que não se registava há praticamente um século.
Em 1968, sofreu um acidente, que acabou por ditar o seu afastamento do poder. Faleceu em Lisboa a 27 de Julho de 1970, tendo sido sepultado no cemitério do Vimieiro.
Futuramente a sua casa dará lugar ao Museu do Estado Novo.
Santa Cruz
A Igreja da Santa Cruz pertence à Freguesia do Vimieiro, Concelho de Santa Comba Dão, Distrito de Viseu. É um dos templos mais antigos do fértil Vale do Dão e Supõe-se fundado pelos templários. Está situada em sítio pitoresco e muito agradável.
O seu orago é a Santa Cruz.
Todos os anos se comemora a grandiosa festa da Santa Cruz no primeiro Domingo depois do dia 3 de Maio, quando o dia 3 não é Domingo.
A festa da Santa Cruz é uma festa eloquente. È a mãe que vem visitar a filha. A mãe é a Cruz do Couto do Mosteiro e a filha é a Cruz do Vimieiro. Ambas as Cruzes vestidas de flores revelando a pureza do povo e do Maio em flor.
O Vimieiro esteve anexado ao Couto do Mosteiro até ao ano de 1834. Durante todos estes anos se tem cumprido esta fidelidade maternal e filial.
No lugar do encontro e perante todas as Cruzes, das Freguesias, das Irmandades, dos Párocos, do povo, da musica... O Mordomo que leva a Cruz do Vimieiro ajoelha perante a Cruz do Couto do Mosteiro em sinal de submissão e respeito, depois tocam as duas Cruzes como dando um beijo e seguem para a Igreja onde será celebrada a Eucaristia.
A festa pagã traduz-se por uma grande feira. Há arraial, diversões, comes e bebes e quermesse.
A Igreja da Santa Cruz pertence à Freguesia do Vimieiro, Concelho de Santa Comba Dão, Distrito de Viseu. É um dos templos mais antigos do fértil Vale do Dão e Supõe-se fundado pelos templários. Está situada em sítio pitoresco e muito agradável.
O seu orago é a Santa Cruz.
Todos os anos se comemora a grandiosa festa da Santa Cruz no primeiro Domingo depois do dia 3 de Maio, quando o dia 3 não é Domingo.
A festa da Santa Cruz é uma festa eloquente. È a mãe que vem visitar a filha. A mãe é a Cruz do Couto do Mosteiro e a filha é a Cruz do Vimieiro. Ambas as Cruzes vestidas de flores revelando a pureza do povo e do Maio em flor.
O Vimieiro esteve anexado ao Couto do Mosteiro até ao ano de 1834. Durante todos estes anos se tem cumprido esta fidelidade maternal e filial.
No lugar do encontro e perante todas as Cruzes, das Freguesias, das Irmandades, dos Párocos, do povo, da musica... O Mordomo que leva a Cruz do Vimieiro ajoelha perante a Cruz do Couto do Mosteiro em sinal de submissão e respeito, depois tocam as duas Cruzes como dando um beijo e seguem para a Igreja onde será celebrada a Eucaristia.
A festa pagã traduz-se por uma grande feira. Há arraial, diversões, comes e bebes e quermesse.
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